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sábado, 25 de outubro de 2014

A Revolução Francesa



Quando viajamos pelo mundo, duas espécies de sensações nos acolhem ao deixarmos uma cidade: ou a de que a visita foi proveitosa, mas que nunca mais retornaremos àquele local, ou a sensação de quero mais, de despedida antecipada, e de quando poderei retornar. Esse último, sempre foi meu sentimento com relação à Paris, comenta Mercedes Ritzmann. 

Das inúmeras vezes que estive na cidade, nunca vi tudo que queria, andado o que gostaria, comido o que desejava ou visitado todo roteiro planejado. Mas, pensando bem, acabei descobrindo que, o que nunca esteve no roteiro, correspondia exatamente a minha expectativa. Refiro-me a sentar nos cafés pelas calçadas da Bastille ou Saint Germain, sem nenhuma pressa, sem hora para chegar ou sair, apenas ficar ali, observando o vai e vem das ruas e o cair da tarde. Deixar se levar pelos longos passeios de bicicleta ao Bois de BoulogneBercy, com o ‘Cour Saint Emilion, ou ainda ser surpreendida por um quarteto de cordas em Lá Vilette ou nos Jardins de Luxemburgo. Tive a felicidade de participar de reuniões comunitárias de atividades culturais onde pude praticar a língua francesa, cozinhar e fazer amigos. Descobri que a cidade em que se bebe das torneiras a água mais pura do mundo, refresca nossa alma e rejuvenesce nosso espírito. 
As caminhadas pelas ruelas intermináveis da cidade terminam sempre pela falta de fôlego, para continuar em contraponto com a beleza interminável, chamando para prosseguir. Concluí, por isso, que Paris é infinitamente bela. É pelos restaurantes da cidade que a gente sente o melhor do savoir  faire do povo francês. 
No moderno Marais encontrei a Brasserie Bonfinger, a energia frenética da juventude, a vista da torre no Kong e os melhores fondues de Paris no Fondue Sawoyard. Tudo é bom e efusivo na cidade luz, da energia dos jogos em Roland Garros aos macarrons de Lá Durée et Pière HermèDa Place le Greve com a vista incrível da tour Saint Jacques, ao imenso globo terrestre da biblioteca François Mitterand. Isso tudo sem falar no impressionismo dos sentidos causados por Van Gogh em Artaud Le Suicide de La Societé. Paris é isso. É impressionismo no espírito e na alma, nos imprimindo uma completa revolução francesa. Voilà!  
Vista panorâmica de Paris

Jardins de Tulheries

Estatua Renascido de França na Ilha Cygnes em Passy

Em Rolland Garros

Centro Pampidou

Ponte de Bir-Hakeim

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