Quando viajamos pelo mundo, duas espécies de sensações nos
acolhem ao deixarmos uma cidade: ou a de que a visita foi proveitosa, mas que
nunca mais retornaremos àquele local, ou a sensação de quero mais, de despedida
antecipada, e de quando poderei retornar. Esse último, sempre foi meu
sentimento com relação à Paris, comenta Mercedes Ritzmann.
Das inúmeras vezes que estive na cidade, nunca vi tudo que
queria, andado o que gostaria, comido o que desejava ou visitado todo roteiro
planejado. Mas, pensando bem, acabei descobrindo que, o que nunca esteve no
roteiro, correspondia exatamente a minha expectativa. Refiro-me a sentar nos
cafés pelas calçadas da Bastille ou Saint Germain, sem nenhuma
pressa, sem hora para chegar ou sair, apenas ficar ali, observando o vai e vem
das ruas e o cair da tarde. Deixar se levar pelos longos passeios de bicicleta
ao Bois de Boulogne, Bercy, com o ‘Cour Saint
Emilion, ou ainda ser surpreendida por um quarteto de cordas em Lá
Vilette ou nos Jardins de Luxemburgo. Tive a felicidade de participar
de reuniões comunitárias de atividades culturais onde pude praticar a língua
francesa, cozinhar e fazer amigos. Descobri que a cidade em que se bebe das
torneiras a água mais pura do mundo, refresca nossa alma e rejuvenesce nosso
espírito.
As caminhadas pelas ruelas intermináveis da cidade terminam
sempre pela falta de fôlego, para continuar em contraponto com a beleza
interminável, chamando para prosseguir. Concluí, por isso, que Paris é
infinitamente bela. É pelos restaurantes da cidade que a gente sente o melhor
do savoir faire do povo francês.
No moderno Marais encontrei a Brasserie Bonfinger, a energia
frenética da juventude, a vista da torre no Kong e os melhores fondues de
Paris no Fondue Sawoyard. Tudo é bom e efusivo na cidade luz, da
energia dos jogos em Roland Garros aos macarrons de Lá
Durée et Pière Hermè. Da Place le Greve com a vista
incrível da tour Saint Jacques, ao imenso globo terrestre da
biblioteca François Mitterand. Isso tudo sem falar no
impressionismo dos sentidos causados por Van Gogh em Artaud
Le Suicide de La Societé. Paris é isso. É impressionismo no espírito e
na alma, nos imprimindo uma completa revolução francesa. Voilà!
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Vista panorâmica de Paris |
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Jardins de Tulheries |
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Estatua Renascido de França na Ilha Cygnes em Passy |
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Em Rolland Garros |
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Centro Pampidou |
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Ponte de Bir-Hakeim |
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